Tem escritor que não gosta disso, acha que é modismo, que é facilitar demais, se vender. Pior para eles, que serão menos lidos independentemente da qualidade literária do texto. Se uma história não prende o leitor, o leitor não continua lendo.
O melhor jeito de prender o leitor é deixá-lo curioso. Isso acontece quando ele entende o que está acontecendo desde o início e tem acesso a bons personagens com objetivos claros e lidando com conflitos pontuais.
A curiosidade é um estímulo: será que o personagem vai conseguir? Como ele liderá com esse conflito? E agora, será que a Capitu está traindo?
Não apenas livros de suspense se apoiam na curiosidade.
Romance também: será que os apaixonados ficam juntos?
Erótico: será excitante essa relação?
Fantasia: os heróis vencerão os vilões?
Enquanto cria suas histórias, o escritor deve fomentar a seguinte pergunta na cabeça do leitor: “o que acontecerá a seguir?”.
A curiosidade nasce da transformação. Se algo muda e o leitor já se importa, ele vai querer saber como ficam as coisas dali para frente. É simples assim.